Thursday, January 05, 2012

 

Meireles

Em 1994 três irmãos, naturais da aldeia de Beira Grande, da família Meireles, um enólogo, outro técnico agrícola e um outro militar, resolveram dinamizar a pequena exploração agrícola da família localizada em Beira Grande. Era um projecto inovador e arriscado que apostava no “saber fazer” e na qualidade das uvas da região.
Reestruturam a pequena Adega da Família, aproveitam os lagares para vinificar os tintos e apetrecham a adega com moderna tecnologia para a produção de brancos. O nome escolhido foi Grambeira (analogismo de Beira Grande). Os resultados foram rápidos. Na primeira colheita, 1995, no 1º Concurso da Casa do Douro conseguiram um primeiro lugar em brancos e um segundo em tintos, a partir de então os seus vinhos, nomeadamente o Grambeira Branco, têm conquistado um lugar de referência no mercado de vinhos nacional e até internacional. Angariados vários prémios dentro e fora das fronteiras, alcançaram sucesso e continuadamente têm dinamizado a empresa.
Em 1996 iniciam o processo de reestruturação das vinhas, com selecção de castas e plantação por talhões. Tem sido um processo muito lento e que desde então não tem parado. Em 1998, fazem novo investimento, constroem uma nova unidade destinada ao engarrafamento, controlo de qualidade e serviços administrativos, o que lhes permitiu controlar todo o processo de produção, desde a produção da uva ao engarrafamento.

Actualmente, e com o propósito de afinar alguns métodos de vinificação estão a construir uma nova Adega situada em Carrazeda de Ansiães, aproveitando toda a tecnologia existente na anterior, mas introduzindo novos conceitos de produção, a par, dos contínuos investimentos na viticultura. Pretendem assim paulatinamente continuar a melhorar a qualidade e desenvolver a vitivinicultura do concelho.

São exemplos destes que deverão ser incentivados, publicitados e apoiados e é por eles que passa também a requalificação de produtos, o investimento numa região tão necessitada. A capacidade de risco, aliada à inovação, ao gosto da nossa terra e ao espírito empreendedor que conseguíramos dar à volta à mediocridade e à desertificação que nos estrangula.



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